19 de novembro de 2025

SELVA ESCURA

Néi Duclós Minha poesia existe enquanto eu ficar vivo Depois de partir ela vai para o limbo Lá onde nem os anjos lêem o que me sopraram no ouvido Tanto escrito para acabar no exílio Não é necessário compor uma obra Que jaz esquecida em qualquer caminho A não ser que eu cante sem esperar auxílio Dos contemporâneos ou pósteros filhos Cante anônimo como os passarinhos Misturados às folhas de uma selva virgem Intocada pela vaidade e o brilho Selva escura de um remoto destino Nei Duclós

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