14 de setembro de 2025

CONDOR

Nei Duclós Esqueço você por vários dias Porque sou um amor sem serventia Não cultivo a flor nem o carinho Prefiro a dor à poesia Isso pode magoar, mulher bonita Mas não há saída, beira do abismo Nem voa o condor por puro vício É uma vocação na pedra inscrita Que é o meu coração, és fêmea da tribo Conto contigo mesmo com a sina De viver na solidão, prisão bandida As palavras amarram e perco o fígado Fogo de Prometeu, culpa de um crime Esperas prudente na tua armadilha Que teces no ar desta Odisséia Sabes que eu pouso mesmo ferido Em tuas mãos, mortal tecido Onde me debato, cheio de vida Nei Duclós

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