SENTIR Sentir é vício que se exclama Em versos pífios na derrama Do excessivo tributo que pagamos Ao sobreviver de modo prático Sentimos fome, não deslumbre frente às nuvens Que se pintam de rosa ao namorar a lua Espanto é para quem finge poesia Para provar que adoça quem escuta Poema mesmo é terra bruta São teus joelhos, teus óleos, tua catinga De femea à espera de um milagre Ação de fera, providencial acordo sem rasuras No bate pronto mano a mano Enquanto o mundo se envenena Nei Duclós
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