Escreveste na pedra para que eu não esqueça
Mas não decifro rabiscos ou hieroglifos
Fico na mesma, não te compreendo
Sou leitor desatento, homem sem brilho
Herdaste dos deuses a inteligência
És de outra estirpe, talvez de outra espécie
Sobrevivente de um cataclisma
Mas que sucumbiu com algo mais forte
Meu desamor, tosca linguagem
De poemas forçados diante da deusa
Sou arauto da dor, sumida princesa
Preciso reler teu alfabeto
Talvez eu encontre o que nos separa
E costure uma ponte e aperte essa amarra
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