Nei Duclós
Um crime não vem sozinho
Vem de crimes, seus vizinhos
De outro crime submisso
que a lei do crime redime
Para que o crime sobreviva
por ser o crime possível
E há quem se incrimine
Nos comentários avulsos
Passaporte para os crimes
no espaço cada vez mais curto
que chegam ainda mais perto
Na rua onde o crime impera
E invade a cena do crime
E por ser tão acessível
parece que o crime é justo
por vingar os outros crimes
Que impregnam a cidadania
Esta sim, o crime visto
como o maior entre os crimes
Condenada ao silêncio
Que é a única cadeia
De todos os crimes impunes
A pena do crime hediondo
Calar-se por toda a vida
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