7 de janeiro de 2018

NÃO POSSO CHEGAR PERTO



Nei Duclós

Não posso chegar perto
Adiar a doçura por contingência
O amor é clandestino
em navio que insiste em ficar no porto
Somos passageiros
de um cruzeiro estranho
Marco no convés
com a lua por testemunha

Ela conhece a solidão
aperto de mão que no fundo é banho
de corpos que se sonham


Nenhum comentário:

Postar um comentário