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26 de julho de 2025
NA GUERRA
Nei Duclós
Como fica o poema próximo à guerra?
Soma-se às buzinas, berra pelos ventos
Ou se esconde nas redes de conforto e miséria?
E na guerra mesmo, vibra bandeiras?
Invade o palácio, derruba barreiras?
Morre imolado por alguma causa?
Ainda não sei se azeito armas
Se sinto remorso pela inútil vaidade
Ou se repito o coro dos insurgentes
Misturando o verso aos hinos da hora
Jogo fora o que fiz no tempo da farra
Palavras antigas , velhas estrofes
E tento uma voz que sirva ao combate
Tudo me abate, poema sem glória
Lábio escarlate me chama insistente
Venha para cama, me diz a tratante
Escreva depois sob o meu expediente
Nei Duclós
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