Nei Duclós
Quem sou eu, Deus, para amainar tua tempestade??
Não tenho idade nem força espiritual
Aporto num cais desconhecido
Divido a orfandade
de raízes ancestrais
Meu barco feito de madeira forte
Carrega o pobre acervo familiar
Porões de arquivos, imagens tortas
E letras sem sentido
Tudo é motivo para dor e esquecimento
Por isso a lua, que é trazida pelo vento
Consola a alma que perdeu a direção
Olhar atento, navego com a divindade
Que não responde porque tem outra missão
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