Nei Duclós
O desespero é uma flor
que come carne
e arde no meu peito de pastor
Levei uma surra de navalhas
preso num eterno elevador
Num sanatório de sonho
tenho a mão sangrada
Quero o silêncio
de uma estrada nova e calada
Quero a luz do sol e o fim do nojo
quero maio o ano todo
e a dor como um papel em branco
RETORNO - 1. Poema do livro Outubro e que foi musicado por Claudio Levitan. 2. Imagem de hoje: desenho de Ricky Bols.
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