Nei Duclós
Acho pouco a devassa que faço
Com a palavra que rasga, a impiedade
Tida como literatura
E é só vizinhança do romper da aurora
Acho pouco e jogo fora
Tudo o que sei e ignoro
Fico preso à dor de ser teu protetor e algoz
Ao meu grude sedento de flor
Que por culpa sua e arte maior
Esse amor evapora e se refaz em nuvem de verão
Chuva que não vem mas te molha
Nei Duclós