21 de fevereiro de 2015

NINFA

Nei Duclós

Teu corpo para mim é grego.
Não decifro o mármore
do teu segredo

Não desvendo o que tanto
enxergo. Ver-te é uma espécie
de cegueira

Vens de outro tempo
fora do carbono datado
onde me encontro

Imóvel aparição da deusa
enxugas em vão
tua beleza

Viajo em teu banho
sonho onde há espanto
Tua flor de oculta sombra

Único contraponto
ao resto de ti. Luar
de espaços brancos


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