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Nei Duclós
Sexo é o universo do sim
Todo corpo é coragem ardente
quando dar-se é chegar ao início
No estuário da cama enfim completa
nossos rios cruzam-se entre líquens
Temos o toque e perdemos o juízo
Nos contornos da conversa calada
a que o lábio inferior treme e confia
escuto vozes da solidão vencida
E fico atento, a qualquer hora
um gesto brusco rompe em despedida
e eis-me negado o amor que me recria
RETORNO – Imagem desta edição: Vestal, obra de Lord Frederick Leighton
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