![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh96dnwiLII2c9BkmyMWOIaoOOzUPqBUhyCc6v1TsJxqFk07s9HmTvjToz53THCaXqe_nB6BvLaSzDaiLuasIPDuOR5koU3GLKfL63k40ezyjFa5FplohsLhPGqYW4IaaE7TKbB/s400/william-adolphe_bouguereau_1825-1905_-_young_shepherdess_1868.jpg)
Nei Duclós
É difícil entender o meu ofício
essa pilha de coisas que fabrico
enfurnado na lúgubre oficina
martelando horizonte noite e dia
é estranho porque faço no vazio
e não há ferro, estanho ou alumínio
só fagulhas que crestam o ar úmido
seja inverno ou verão ou plenilúnio
Uma pista é a presença de vestidos
que fugazes entornam das janelas
rostos macios, trançar de pernas
e cabelos mais curtos ou caídos
São as musas, que dizem no ouvido:
está pronto o soneto seu maldito
RETORNO - Imagem: obra de William Bouguereau
Nenhum comentário:
Postar um comentário