![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwTHvrqK3FOn0SiDHdYi-fPc7C4FpUsU-sMMgsZnh2vV83VMxHUwpr5LaXF31VH54Uy9Y3L2g-0n-slIv3dDi3X3yCu_DIhL-BufREDdMWjd5f6lFhXHO2YyIqcMtIJ0go7HmW/s400/roma+antiga.jpg)
Nei Duclós
O verso segue o passo como cão de rua
atraído pelo cheiro e o ruído da sandália
Roma nesta época é uma cidade suja
e ele se mistura aos trapos e migalhas
Poeta é o mendigo que abandona o ponto
quando é colhido pelo rabo de saia
da musa que o devora pelos cantos
e o despreza por vê-lo entre a canalha
É que os deuses escolhem os elementos
que não dispõem de servo ou carruagem
para dominar a estrofe e cuspir na medalha
O vazio se esmera na limpeza do palácio
os casamentos vis, os textos dos impérios
Só o poema se dedica ao que sente a bela
RETORNO – Imagem desta edição: The Frigidarium, pintado por Sir Lawrence Alma-Tadema
Nenhum comentário:
Postar um comentário