![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir2Ude8_dCP1NttR7YapNOQ7jXMt8_kRUkqPXV4_ibQ32LR75AHOBVVJf6J469-pigvGlwxDRjZcRkUILoOLzawmxEVhbT0hCmCQtQRDvwLmgckipOAepk9GUhowPPcMbhj0Lr/s400/Fragonard%252C_The_Swing-detail_voyeur.jpg)
Nei Duclós
Aprendi a me soltar contigo perto
dizer o que sinto, meu absinto
não ceder à dor de prosa ou verso
ou de tocar em ti, líquida e certa
É de mármore límpida tua pele
lábio renascido em precipício
olhar de puma, coração de vidro
exposto vejo o que me faz sóbrio
Teu vinho acende a lucidez de pedra
sem harpas ou bordões de cena brega
não sou rei, só o cara que te abala
Meu barato é notar o quanto cabe
no poço sem fundo onde se acaba
o veio solitário da tua carne
RETORNO - Imagem de hoje: obra de Jean-Honoré Fragonard
Nenhum comentário:
Postar um comentário