Nei Duclós
Escrevo em viagem. Um mensageiro
levará esta carta em velho alforge
entregará na estação da via férrea
a que sobrevive coberta de memória
Mariposas interrompem o assédio
quando o lampião gasta o querosene
jazem no chão, aguardando o apito
que a curva sonega entre fantasmas
Minha letra é de adeus, de quem parte
mas precisa dizer a dor em seus detalhes
dar as pistas de um amor preso à bagagem
Receberás a mensagem junto às flores
que envio no mesmo comboio insone
saberás porque me fui na noite exausta
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