9 de novembro de 2018

DA SORTE


Nei Duclós


Perdeu a graça aproximar-se
Agora já sabes
Que não há mistério
Apenas o humano laço
Sem nenhum disfarce

Nossa contingência
Falta de pendor
Para a eternidade
Só a suspeita
De que não somos o que imaginamos
Mas o que sobra da sobrevivência

Reatar o sonho com arte
A breve iluminação da sorte possível
Como um norte inventado na bússola que nuncs usamos
 

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