1 de outubro de 2012

ACENDA O FOGO DO POEMA



Nei Duclós
 

O Mestre não confirma tua sabedoria,
nem desvia o que sabes para pensamentos de autoajuda.
Ele desperta teu espírito adormecido pelo discurso

Os funerais do Mesmo reiteram o discurso
Basta ver como aplaudem o enterro dos medíocres
para confirmar a própria sobrevivência

A arte rompe o ciclo da tirania do discurso
por meio da transgressão via verbo habitado
que pode tomar qualquer forma, do aceno ao soneto.

Sente-se vazio na segunda feira? É a palavra morta em teu coração
que lasseou para abarcar a imposição do Mesmo.
Acenda o fogo do poema.


RETORNO – Imagem desta edição: Julie Christie.