23 de fevereiro de 2009

CRIMES CONTRA PAULA OLIVEIRA


São muitos. Acompanhem:

CONFISSÃO FORJADA - Quer dizer que uma pessoa maltratada, ferida, “confessa” para a polícia num hospital, sem que seu advogado esteja presente? Onde está Justiça nesse caso, que deixa a vítima à mercê dos seus inquisidores? A pessoa está muda, ninguém sabe o que ela disse, mas assim mesmo existe uma confissão? E todo mundo acredita?

ABANDONO DAS INVESTIGAÇÕES - Já que Paula foi considerada culpada, ou seja, foi julgada antes de poder se defender, então ninguém foi atrás dos bandidos que a violentaram num ermo gelado numa estação de trem. Ninguém mais vai atrás de pistas dos cabeças peladas?

LÚPUS x INDENIZAÇÃO - Se Paula se feriu de propósito porque tem lúpus, a doença que causa brancos mentais porque o sistema imunológico se volta contra ela, então não tem lógica a acusação de que ela estaria mesmo trás da “vultuosa” indenização da tirania suíça (200 mil reais! Parem com isso. Ninguém se violenta, arrisca a vida, a carreira e o casamento, por 200 pilas). Ou ela é louca ou ela é desonesta. Não pode ser as duas coisas, não faz sentido. Segundo sua avó, entrevistada pelo Fantástico, Paula é uma pessoa honesta e de caráter. Acredito em Paula e na sua avó.

O REPÓRTER DO POLEGAR- O que faz o Marcos Losekan, correspondente da Globo, na Suíça? Segue os passos de Paula, manda filmá-la à socapa, pela fresta da janela e fica entrevistando o pai, sem parar. O cara não vai falar com uma autoridade suíça, com um jornalista de lá, com um policial. Não conversa com um especialista criminal. E quando vai ao local no crime é para exercer aquele jornalismo de polegar, tão em voga hoje: o segurador de microfone fica de costas para a cena e aponta com o polegar. Já viram isso? Está em todas as matérias televisivas.

A INDIFERENÇA DIPLOMÁTICA - Numa boa, mas eu não gostaria de ver, nem de dia nem de noite, a tal vice-consulesa brasileira na Suíça. Toda pintosa, com aquela indiferença metida a aristocrática, pseudamente a favor da conterrânea, trata-se de um poço de lavagem pública de mãos. A diplomacia faz o papel de Pôncio Pilatos publicamente. Nos bastidores, deve estar tirando os sapatos no aeroporto, como costuma fazer.

O CONSENSO DA MÍDIA - Desde que a polícia suíça difundiu uma versão não comprovada sobre o crime contra Paula, a mídia brasileira em peso migrou para o outro lado. Não há defecções. Mesmo os que divulgaram a denúncia em primeira mão, estão abaixando as calças. Por que? Mistério. Na hora em que Paula conseguir romper o cerco e declarar sua verdade firmemente para todos, será que eles vão migrar em peso para a vítima? Ou vão cair de pau matando, como estão fazendo agora?

CONTINUAMOS FIRMES no que dissemos desde o princípio: Paula Oliveira, estamos contigo. Eles não te acham uma vítima lucrativa. Como poderão defender uma mulher rica, bem posta, que estava feliz com sua vida? Não poderão faturar cargos, dinheiro público te defendendo. Então, te abandonam num país estrangeiro, num inverno feroz e são capazes de aplaudir se pegares uma cadeia. Eles nada tem a ganhar contigo, Paula.

Só quem tem a ganhar contigo é tu mesmo, tua família, tua querida avó, teu pai presente, a imprensa séria, a nação em frangalhos e o amor que nasce conosco e que jamais poderemos abandonar, em nenhum minuto da vida, em casa, no trabalho, nas ruas, nas praças, portos, procissões. Estamos contigo, Paula.

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