12 de janeiro de 2013

TRANSE



Nei Duclós

Quero para mim, mas não posso tê-la
guarda um segredo, por seres  tão bela
poderás entender, é teu privilégio
machucar de amor e continuar humana

Desse querer me proíbem dar bandeira
mesmo que desfralde teu rosto na serra
com meus exércitos de sonhar distante
Sou o que mais tem e no entanto perde

É um mistério não haver sortilégio
capaz de romper o selo dessa sorte
e te trazer para perto, glória efêmera

Passas pisando o transe da promessa
que manténs no corpo, obra de um artista
que como eu sofre a esperar teu gesto



RETORNO - Imagem desta edição: Catherine Zeta-Jones.