27 de março de 2022

MOSTRAR

 Nei Duclós 


Exponho cicatrizes, não por gosto

Para atrair atenção, me fazer  de  bobo

Ser o que não sou, um saltimbanco

Cromediante da dor, sujeito estranho


Exponho cicatrizes, Deus está vendo

Para repor a verdade onde me encontro

Assim saberás de mim, doce viajante

Que me queres ao vivo e não sabes onde

Está teu amigo De corpo presente


Conhecendo as fdridas seremos humanos

E não iludidos em máscaras de pano

Lúcidos como as manhãs de outono

Que mostram os moços e os veteranos

A viver  com graça as agruras do tempo


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