9 de janeiro de 2021

IDÊNTICOS

Nei Duclós 


Aos poucos adquirimos o mesmo rosto

Que mostramos com o verniz dos algoritmos

Que confundem as idades

Como se tivéssemos todos nascidos hoje


As diferenças se foram para as memórias e o sonho

Lidamos idênticos sem nenhuma  chance

De existirmos fora desta redoma


Somos o espelho do mundo novo

Enquanto o tempo devasta os contemporaneos

Quem acabou de ir embora?

Talvez o amor, talvez a infância 



Nenhum comentário:

Postar um comentário