26 de junho de 2010

PRIMEIRO DO GRUPO, INVICTO


O onipresente Datena, que passou o Dia Sem Globo na frente das câmaras, sintetizou bem o paradoxo anti-Dunga. Ele disse que não critica mais o treinador diante dos resultados (demorou). Mas que não mudou nada de opinião em relação ao técnico. Ou seja, não quer dar o braço a torcer. A seleção canarinho está em primeiro lugar no grupo, invicta, e fez um jogo difícil contra um Portugal covarde, retrancado e escoiceante.

Foi só o Brasil não apresentar-se como macaquinho de circo, como querem os neymaristas ganseiros fundamentalistas, para já caírem de pau em cima. A turma escrota do Casseta e Planeta, que há mais de uma década ganha para se fantasiar de mulherzinha na Globo (o humor emasculado da ditadura), tirou o maior toco do Felipe Mello, que teve o tornozelo torcido numa entrada bruta do adversário português. Pois na Band o craque Denilson elogiou Felipe Mello quando estava com a bola no pé e o criticou por ter perdido a paciência e quase foi expulso.

Minha aposta como destaque na copa, Nilmar, se saiu bem, mas não brilhou como esperava. Assim mesmo quase conseguiu o gol num chute dentro da área, no batepronto, que pegou na mão do goleiro e na trave. Procuramos atacar, enquanto os adversários, que por estranha coincidência tiraram o sorrisinho maroto de deboche que usaram tanto contra os pobres dos norte-coreanos, se fechavam ao máximo.

O bobalhão do Cristiano Ronaldo, em vez de reconhecer que não conseguiu nada contra a seleção pentacampeã do mundo, ficou sugerindo que foi um jogo de compadrio, já que todos se conhecem e, deve achar, falam a mesma língua. Não falamos essa língua européia chiada e sem vogais e que por escrito é um deslumbre. Falamos o português brasileiro, que é outra coisa e que por escrito também é um esplendor, na mão dos melhores autores, claro.

O adversário agora será o Chile, uma seleção corajosa, que deu trabalho para a Espanha no apagar das luzes da primeira fase da Copa. Datena (ele, de novo) achincalhou com os chilenos e deu as oitavas de final como galinha morta. Claro, pois se houver problemas ele poderá xingar à vontade e esgrimir o famoso "eu não disse?". Coloca a seleção brasileira na obrigação de vencer o Chile, quando cada jogo é uma epopéia, complicada. Sorte que Elano foi confirmado. isso significa que nosso simpático e eficiente craque está com a perna boa e poderá nos brindar novamente com seu mangnífico futebol, o mesmo que foi execrado no momento da convocação.

Assisti tudo pela Band porque não suporto o baixo astral da Globo, que está ferida de morte com os sucessivos calaboca do Twitter. O olhar de víbora com que brindam as câmaras parece que prepara uma vingança. Por coincidência, hoje não pude mais acessar o Twitter depois do jogo. Assim, dei um tempo nas minha caneladas ao monopólio. Apesar do meu tamanho, me sinto um dos milhões de Davis contra o Golias eterno, o que devora o Brasil e depois vai reportar a miséria.

Revidaram com a Copa Solidária, como se fosse proibido criticá-los. Já que nos unimos contra eles, porque não nos unimos para ajudar o Nordeste flagelado? Uma coisa nada tem a ver com outra. Solidariedade pode conviver com a crítica. Ou criticar é "coisa de pobre" e por isso tanto muxoxo e dar de ombros, manifestações de pouco caso que os imperiais exibem na sua tosca cobertura, que não conta mais com a conivência do técnico da seleção, como acontecia antigamente?

O Dunga enquadrou-os porque é um profissional sério, democrático (recusou-se às exclusiviadaes globais) e competente. E patriota, obrigação de todos. Mas tem gente que torce contra o Brasil e são muitos. São os donos da "democracia". Os que usufruiram das patriotadas da ditadura e agora que foram colocados contra a parede ficam com essa atitude pedante e fria, como focas amestradas perdidas num iceberg.

Calem a boca, que falaram demais. Omitiram pessoas e talentos, devoraram tudo ao redor, impuseram-se na vida nacional da primeira infância à terceira idade. Chega, Globo. O problema é que não existe concorrência. O Neto "é brincandeira" torrou o saco na transmissão. A televisão brasileira é um horror.

RETORNO - Imagem desta edição: quem é grande sempre aparece.

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