Nei Duclós
Falo na madrugada para o nada
Ruas vazias, janelas fechadas
Inútil boemia de bêbada sorte
Sou o último poeta desse pobre porre
Falo lesado pelo destino incerto
Quando veio minha vez tudo estava morto
Quis saber do mistério mas ele também se cala
Resta a ilusão de que uma hora amanhece
Aí quem sabe a vida acontece
E desperta o que tinha de múltiplas vozes
Enterradas no peito de madeira nobre
Nei Duclós
Nenhum comentário:
Postar um comentário