Nei Duclós
Se deixo escapar perco para sempre
Não há segunda chance para o perdido verso
Minha presença curva o espaço tempo
Como um corpo celeste em movimento
Gera gravidade, os relacionamentos
Estudo distraído contemplando a primavera
Que chega friorenta e sem nenhum sentido
Passo com o tempo como navio mercante
Vazio nas viagens de volta
Não posso explicar, são cenas que se anulam
Misturadas a canções que grudam no ouvido
Tudo perde a importância, mas que ninguém saiba disso
Preciso ser aceito, fingir que eu acredito
Na sala de espera não disponho de caneta
E nem o celular vem ao meu auxilio
Escrevo na mente, que é para onde migra
O que desisto de ser pensamento
Nei Duclós
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