11 de março de 2021

SOLIDÃO

Nei Duclós 


Solidão é a minha

Que na gruta se limita

Câmara escura de paredes ocultas

Onde se reflete a imagem lá de fora

Rebanhos pendurados em abismos

Mato pegando fogo pomares inúteis


Preciso lembrar a rota que me trouxe aqui

Brutos comboios pálidos fugitivos

Que em sonho me acompanham

Ninguém poderá decifrar  o rupestre enigma

Cervos flechados bisontes em riste

Espirais e riscos da minha mão gigante



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