9 de junho de 2017

O LIVRO OCULTO



Nei Duclós

Não importa o que imaginas
Os fatos batem forte na fantasia
Essas histórias que arrumas como a cama
de lençóis de linho

Vale o que contas sem querer
Coisas que se acumulam insones
E parecem ser sem importância

Teu rosto pincelado pelo fogo
que improvisei no acampamento
Assustada com os barulhos do mato
lembras um dia distante, da remota infância

Estavas paralisada pelo medo
Vias um animal demasiado perto
Sem fala tua garganta escondia
o que ninguém viu e não acreditam

Esse pânico que não foi criado em caneta ou tecla
É o assombro do livro que oculta escreves
E que não mostras
mas lerei em breve


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