18 de fevereiro de 2012

CARROSSEL


Nei Duclós

Soneto é fantasia, carnaval de letra,
nudez de alegoria. Acaba em cinza,
poeira do destino. Você que foi musa
por um dia sabe como isso funciona.

Pura fantasmagoria o poema limite
quatorze punhais na esquina, versos
sem compostura, melodias de revista
na ferrrugem de um carrossel na chuva

A verdade acaba contigo? Imagine
o poema que se enfeita para a estréia
e acaba numa happy hour no subúrbio

Ele é o pierrot de remota colombina
amante sem ter sido, apenas lantejoula
que brilhou ao teu lado e agora só suspira


RETORNO - Imagem desta edição: Colombina,obra de Liscia Weiss.

Nenhum comentário:

Postar um comentário