19 de julho de 2025

SEM SOSSEGO

 Nei Duclós 


Sou um entre milhares

Teu anônimo pretendente

Já não sei se o sentimento 

Virou lei de algum decreto 

Ele não dá vencimento

E não cede nem compreendo


Mas a lógica persiste

Na palavra recorrente

Que revisita teu rosto

Entre tantos monumentos 


Percorro estrofes, teu corpo 

Com a fúria dos elementos 

Esse é um amor sem sossego


Releve meu sonho, me esqueça 

Que eu volto, bruto e ardente

Nao pense que serei manso

Depois de sofrer um tempo


Nei Duclós

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