![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDu0huScW9ujXXfZmIBDf4rNQQopwxD3ljbcuivHpB-4gy4lqo5ZTm-BGSEzgMSqsy2QdnZofXWaub_JNi3fMzIQQLUu3S8OnHZ1meQ9Mnfk5N2mrX6yS7YGeXidfa5F9vhgZgpA/s400/cafe.jpg)
Nei Duclós
A mosca no louça
na touca, na roupa
nas coxas
na concha do ouvido
no vestido
de volta, assalta
assusta
a mosca revolta
A mosca não pode ser assimilada
à refeição da moça
composta de silêncio
Não pode fazer parte como o pão
o açucareiro
ou mesmo o barulho rotineiro
do café na boca
Assim, a mosca é derrotada
e assassinada em pleno vôo
Em queda feia
mergulha na taça cheia
RETORNO - Mais um poema do livro Outubro (IEL-RS/ A Nação, 1975)
Nenhum comentário:
Postar um comentário