Nei DuclósSinto frio na noite estrelada
Malfeitores cegam a passagem
A Lua de carona rouba a estrada
Carruagem na garupa da palavra
As manhãs de mãos amarradas
Jazem no caminho como barro
Passam os corcéis da vassalagem
Levantam o pó de areia e pólen
Aguardo o trem, última coragem
Corro contra o sol, deus que sobe
Cubro a cara nos redutos da viagem
Subo na boléia, pulo a plataforma
Pedras quebram na pista expressa
Passa o poeta, o tempo ainda dorme
RETORNO -
Imagem desta edição: obra de Van Gogh
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