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13 de junho de 2012

COLO


Nei Duclós

Sempre presente em teu colo
forço a barra na manhã de inverno.
Estou preso a ti, como pingente caro
brilho na pele a provocar inveja

Abres devagar o susto do desejo
atenta ao que pensam ser conversa
mas é fato imposto pelo gesto
passeio da mão feliz em superfície

Abro caminho no íntimo refúgio
mostro como posso te fazer faminta
sorriso maroto de quem gosta à toa

Não sabem o segredo que manténs ao vivo
não o namoro, relação a dois levada a sério
mas esse vulcão que brota como cogumelo

RETORNO – Imagem desta edição: Elizabeth Banks.