Nei Duclós
Palavra pede poema, fuga da incerteza
quer um lugar na mesa onde me entrego
pão entre convivas, os verbos e teu beijo
acostumados aos hábitos da paixão
Seja qualquer verso, atirado a esmo
no chão que me sustenta e não dão valor
ode, elegia, soneto, rima livre ou presa
importa que se diga, e toque o coração
Palavra é como teu rosto, lençol de seda
que roça em mim no momento de pavor
quando dou perdida a vida sobre a terra
É quando escuto tua voz, mulher extrema
que agarro com a violência da delicadeza
cintura de princesa, mordida de leão
RETORNO –
Imagem desta edição: Jacqueline Bisset.
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