Nei Duclós
Sou eu a passeio em teu corpo
a mão de leve no pelo pluma
do ondular no seio
Sou eu, recôndita, inteira
alma do olhar, sonho
de violento cheiro
Sussurro o verbo, aperto
no colo o demorado beijo
até o desmaio
Acordo dentro de ti
manhã sem freio
Te atinjo bem no meio
Teu peito em meu desejo
nesta tarde quente
Suprema: não tem jeito
Somos o que o amor
nos fez: a mesma
imagem no espelho
RETORNO –
Imagem desta edição: obra de Giovanni Bellini, detalhe
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