Nei Duclós
Parece que se esgota em tanta obra
A criação que se repete pelo verbo
E acabamos vazios como no inverno
As ruas sem o povo são desertas
Mas o frio obedece a outra ordem
O clima se amarra em calendário
Já nós, autores sem resguardo
Até nas pedras encontramos nosso espaço
Não desistimos de dizer e fazer arte
Porque para isso nascemos nessa esfera
Conforme o plano ancestral de rumo incerto
Não sabemos, por isso reservamos
O tempo em ânforas de barro
Nei Duclós
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