Nei Duclós
Café preto com torradas
Na alta madrugada
Quando até a Lua esconde as horas
E as estrelas varridas no último ciclone
Piscam em pânico
Em direção a Andromeda
O sono vem a cavalo
Contrariando histórias lendárias
Adormeço com as mãos presas num sonho
Que é acordar-se por dentro
Lá me sirvo do que está em falta
na mesa ainda posta
E noto o sol tentando romper a aurora
Com o fígado exposto depois de acender a fogueira
Nei Duclós
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