Nei Duclós
O amor é um jardim sem dono
Que alguém plantou e foi embora
Ele continua produzindo flores
Íntimo da chuva e da terra inóspita
A primavera vem em seu socorro
Quando o inverno vence a estação dos brotos
E o clima morto acha que está feito
O corpo do jardim já decomposto
Ressurge então o amor, supremo rosto
De pétalas azuis por entre o barro
Sentimos de longe, remota montanha
Mas ele está dentro, e diz teu nome
Batismo de seda contra o abandono
Nenhum comentário:
Postar um comentário