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24 de junho de 2019

ZERO


Nei Duclós

O óbito zera tudo
Os diplomas, os salarios
Até mesmo a memória

O universo não sente falta do que devora

Fica apenas esse pio de pássaro no entardecer da eternidade

E as mãos do sol sumindo no abismo
Puxando a noite pela rede de estrelas
A única que te consola




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