Nei Duclós
Feche o poema a tempo. Não o submeta ao fardo das hipérboles
e chaves de ouro. Freie quando as rodas dianteiras do comboio balançarem na
margem do abismo.
Abandone o leitor à sua própria sorte. Volte a pé sem olhar
para os lados, perseguido pelo crocitar das palavras que deixaste de usar, por
saber que a criação fica sempre aberta, como flor à mercê do orvalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário