Nei Duclós
Perdemos o vínculo
aos poucos, como num crepúsculo
Como a lua some na manhã noturna
Devagar, caindo, anel no poço
E fica o rescaldo, o brilho de um desastre
É o que guardamos, esse momento após a tocha
ser mergulhada, abrupta, sobre o lago
O impacto da ausência a escurecer o mato
que antes oferecia o abrigo, hoje deserto
Saímos do cenário, mãos divididas
que sonham com a união, longa utopia
A memória do amor é como a brasa
Reacendida se não houver vaidade
E formos fiéis ao que nos mantém com vida
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