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19 de agosto de 2018

CONFISSÃO DO ESPANTO

Nei Duclós


Estou aqui no meu pedaço
Plantas, muro, pio de pássaro
Tudo o que confina o sábado
Limbo de promessas, troco da memória

O céu toldado por uma colcha cinza
Não permite Vésper nem sequer a lua
Gravo o instante para cobrar mais tarde
Vivemos para que? se fica só no esboço

Esse é o desafio, gerar confronto
Entre o vazio real e a confissão do espanto



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