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7 de novembro de 2017

FERROVIA



Nei Duclós

Achei que nunca chegaria
Ao termo da viagem, fim dos trilhos
Limite do deserto, precipício
Nuvens confundidas com fumaça
E a neve na montanha longínqua

Cenário terminal de um equívoco
Vim atrás de ti, pintura e dançarina
Blefe com uísque, tilintar de fichas

Só se eu ficasse me aceitarias
Sem poder jamais mudar o script
No duelo final eu me entregaria
Ao teu sinal, dama e jogatina

Por isso estou aqui de cara com o destino
Sou o passageiro da extrema ferrovia
Que apostou na sorte de uma corte
Que fiz ao amor, inútil geografia


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