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16 de outubro de 2016

ENXAME



Nei Duclós

O poema está na soga, a palavra
Às vezes se solta, como um enxame
Silabas que correm fora do perímetro
Vogais estapeadas por consoantes

Transgressões que se bastam em seu cânone
Arte na rua, antiversos, reclame de non sense
Toca-se a lira sem corda ou ressonância

É como a quebradeira na véspera da chuva
Algo está por vir e o ruído denuncia
São fragmentos de uma linguagem futura
Falas ancestrais em códigos do tempo


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