Nei Duclós
Moro no deserto sem ser tuaregue
Não sei onde fica o poço, nem o oásis
Durmo a céu aberto, ando em círculos
Abutres adivinham meu sono leve
Escrevo na areia entre tempestades
As dunas me abandonam no vento forte
Qual o meu destino com seco alforge
Por que ainda vivo se já está posto
A dor do objetivo e a flor do mau espinho?
Talvez eu faça parte de estranha arquitetura
Ainda não coberta por humana providência
E esteja numa fila para habitar o espírito
Oculto sem razão num deus pobre e cativo
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