Nei Duclós
União de espíritos, ano que começa
vida que vibra na passagem
corpo é viagem, rosto é presença
aceno do convés, longa miragem
Deixamos para trás, mas temos bagagem
o tempo em seus guardados, palavra torta
porta de entrada para além da memória
o que somos é o que fomos, mas em parte
Há essa data, joia do calendário
consenso do abraço, força que não quebra
mesmo que passe rápido, nos conforta
não pelo hábito ou a vã promessa
mas porque assim decidimos, flor que navega
é o que resta de humano no balanço da guerra
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