Nei Duclós
A sobra é meu alimento
o que deixas de amar
o que não te sustenta
a palavra que evitas
o sonho caído
o choro mais pífio
Do remorso me sirvo
a chance no lixo
o fatal desperdício
Jamais participo
sou bizarro conviva
bebo o resto do vinho
Depois, durmo a sesta
no canteiro remoto
próximo à floresta
Lá as fadas me cercam
condão de conforto
asas explícitas
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