Nei Duclós
Um gesto não se apaga
O adeus se estabelece
quando o amor
abre uma vaga
A planta permanece
no fecho da aldrava
A porta recupera
a madeira em queda
A matéria é eterna
só migra de estado
hoje sou teu corpo
amanhã teu carma
Corrijo ao som da corda
o estirão da primavera
pinto o que me nega
teu rosto incerto
A semente apodrece
só o vento nos resta
vibra de olho atento
a vontade na espera
RETORNO – Imagem desta edição: obra de Henrique Pousão.
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