Nei Duclós
Quem lê pouco, cita. Gosta
de repartir o que lhe falta.
Quem lê muito se cala. O peso
do que foi dito lhe avassala
Quem gosta de ouvir não escolhe
a fonte de onde brota a narrativa
A surdez inviabiliza a lenda
que se perde em fogueiras extintas
A oferta de leitura desmascara
o ágrafo convicto, biombo da fala
o cultivo do vazio é letra morta
cemitério das páginas sem nada
Bastam poucas vozes e está pronta
a afeição pelo toque de silêncio
imóvel é a atenção no fim da tarde
quando o dia inútil se despede
Aprender é a tocaia do detalhe
treino o fôlego cada vez mais curto
aprendo menos, ensino o mesmo
outras vidas virão com biblioteca
RETORNO - Imagem desta edição: obra de Fabio Hurtado
Desculpe pelo erro em meu blog. Foi uma distração, quiçá, imperdoável!
ResponderExcluirProcuro manter minhas postagens em bases éticas e de admiração.
Como tal, reitero meu apreço pelas coisas que vc escreve.
E agradeço o alerta (e a bronca).
Mais uma vez peço desculpas.
Ps: deletei o post! Corrigido ou não ele perdeu o sentido.
Obrigado. Gosto demais dos teus posts. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluir