Nei Duclós
Dentro de mim mora um pássaro de
gelo, que ressuscita quando tu, primavera, aproxima teu corpo.
Estou num relacionamento sério com minha
saudade
Nao posso ser desleal com o que sinto
Viajo em teus confins e não te encontro. Desisto de ti todos os minutos da vida
inventaste de repente de nao ser minha
Tu. sinal de ocupada tu tu tu tu tu tu
Sou tempo firme em ti, mas choves.
Quero ser tua cama, não teu cetro
Meu poema
não concorda contigo. Não tente seduzi-lo com palavras distorcidas.
Não me coloque no pódio. Perdi tudo
por ti.
Inventaste de repente de nao ser
minha.
Descanse de tanto poema. Viaje até a
próxima primavera. Talvez lá o amor vire esquecimento.
Teci sombras na tua ausência.
Custarás a desfiá-las quando tua luz voltar a pleno.
Estou com falta de Lua no lado
esquerdo. Culpa sua, invisível sonho.
Estavas ocupada em não me amar.
Imagino que isso toma tempo.
Era um homem do seu contratempo, uma
personalidade adiante do seu vento.
Me colocaste na escola do amor. Depois
vieram as férias.
O espanto é a existência do teu ser,
criatura improvável, acaso da beleza no planejado mundo bruto.
Exponho em outubro o que estoquei no
inverno. Grife da imagem gerada em teu seio.