Poema de OLIVEIRA SILVEIRA
"Vai, vai para o mar, e olha para leste:
África em frente África puseste,
meu continente negro.
Eu te quero em minha casa, em meus braços
a selva toda em teus cabelos
toda a noite em tua pele
e todas as montanhas no teu busto
e todos os acidentes
geográficos no teu corpo
todas as feras nas tuas unhas
e o rio Congo nos teus olhos líquidos
todo o marfim dos elefantes
em teu sorriso branco
e todas as línguas nativas
nas palavras de tua boca."
Tive o privilégio de recitar este poema do grande poeta Oliveira Silveira no sarau do IEL ante-ontem, quarta-feira, dia 31/10, na Feira do Livro de Porto Alegre. O evento celebrava o lançamento da OBRA REUNIDA do poeta, organizada e prefaciada por Ronald Augusto.
Comentei que Oliveira Silveira virava nosso rosto não mais para o Norte, mas para o Leste, no resgate e busca das origens, num passe demiúrgico de reincorporação por meio da palavra. O corpo da mulher amada como representação do continente perdido na memória mas presente no corpo e na percepção, é a presença da obra poética transcendente, digna de um grande autor.
O poeta desvia o olhar, do Norte imposto para o Leste de resgate. O mítico continente negro é o que existe ao leste, além do mar. É preciso instaurar miticamente todos os elementos da Africa no corpo da amada, convocada para assumir a identidade do Leste.
Belíssima edição, que tenho autografada por Ronald Augusto, meu companheiro de mesas na noite de quarta-feira, quando os autores lançados pelo Instituto Estadual Do Livro assinaram suas obras para os leitores. Um dia memorável na militância e celebração do ofício literário.
O sarau teve a presença de José Weiss com seu livro O Lenhador de Samambaias, Julio Alves, de A Palavra Enguiçou (futuro lançamento), César Pereira, de Caminhos do Fruto, tudo sob a coordenação da Diretora do Instituto, poeta Laís Schaffe.
Eu te quero em minha casa, em meus braços
a selva toda em teus cabelos
toda a noite em tua pele
e todas as montanhas no teu busto
e todos os acidentes
geográficos no teu corpo
todas as feras nas tuas unhas
e o rio Congo nos teus olhos líquidos
todo o marfim dos elefantes
em teu sorriso branco
e todas as línguas nativas
nas palavras de tua boca."
Tive o privilégio de recitar este poema do grande poeta Oliveira Silveira no sarau do IEL ante-ontem, quarta-feira, dia 31/10, na Feira do Livro de Porto Alegre. O evento celebrava o lançamento da OBRA REUNIDA do poeta, organizada e prefaciada por Ronald Augusto.
Comentei que Oliveira Silveira virava nosso rosto não mais para o Norte, mas para o Leste, no resgate e busca das origens, num passe demiúrgico de reincorporação por meio da palavra. O corpo da mulher amada como representação do continente perdido na memória mas presente no corpo e na percepção, é a presença da obra poética transcendente, digna de um grande autor.
O poeta desvia o olhar, do Norte imposto para o Leste de resgate. O mítico continente negro é o que existe ao leste, além do mar. É preciso instaurar miticamente todos os elementos da Africa no corpo da amada, convocada para assumir a identidade do Leste.
Belíssima edição, que tenho autografada por Ronald Augusto, meu companheiro de mesas na noite de quarta-feira, quando os autores lançados pelo Instituto Estadual Do Livro assinaram suas obras para os leitores. Um dia memorável na militância e celebração do ofício literário.
O sarau teve a presença de José Weiss com seu livro O Lenhador de Samambaias, Julio Alves, de A Palavra Enguiçou (futuro lançamento), César Pereira, de Caminhos do Fruto, tudo sob a coordenação da Diretora do Instituto, poeta Laís Schaffe.
Na Praça Central da Feira, autografei meu Partimos de Manhã para Carpinejar, Tabajara Ruas, Dilan Camargo, Vitor e Ana Paula de Aguiar, Carmen Silvia Presotto, Santa
Irene Guarani Kaiowá Lopes, Cris, amiga de Claudia Karpinski Falcone, Tailor
Diniz, E ainda tive a alegria de rever pessoas como Ricardo Silvestrin,
Paschoal, Rosane Morais, entre muitos outros. Queremos sempre mais!